Derb qué derb (e vice-versa e da frente para trás)
Ca ganda jogo, este sábado.
E compreendo algumas das queixas (as fundamentadas, não as
choradeiras) dos sportinguistas. Se fosse ao contrário também estaria chateado
por não ter sido assinalado aquele penalty do André Almeida, aos 114 minutos. E
durante a noite de sábado também me queixaria do 3º golo do Cardozo por ter
meia coxa fora de jogo, mas acredito que era gajo para dizer (tal como fiz
aquando do golo do Montero em Alvalade) “é fora de jogo, pá. Ok, era complicado
de assinalar, mas o fora de jogo existe”.
É verdade, eu admito que o árbitro errou nesses dois lances,
a favor do meu clube.
Ficou efectivamente o penalty do André Almeida por
assinalar, tal como o Cardozo tinha meia coxa fora de jogo, no terceiro golo.
Seria hipócrita da minha parte não o fazer e, se quero ter
moral no futuro para me queixar quando for prejudicado, tenho de admitir os
lances em que sou beneficiado. Seria hipócrita, por exemplo, ser beneficiado num
jogo e no final vir dizer que não se deve falar da arbitragem, para no jogo
seguinte sentir-me prejudicado e desatar a desancar nos árbitros como se não
houvesse amanhã… assim ao estilo do que o Leopardo Jasmim, treinador dos
verdibrancos, fez. Ou como o Jójus faz também, amiúde.
Mas, e é um grande "mas" (ok, esta
frase em inglês tem mais piada: “butt, and it’s a damn huge butt you got there,
girl…”), houve mais erros e não foram sempre
para o mesmo lado!
E, como era de esperar, é ver pela blogosfera fora (e
comunicação pouco social) toda a gente passar a pente fino os lances do jogo,
falando com uma suposta superioridade moral que não lhes assiste.
Vejo benfiquistas, a falarem sobre o 3º do Cardozo, a
agarrarem-se ao argumento que os sportinguistas usaram para “legalizar” o golo
do Montero, em Alvalade. E quando leio “não há fora de jogo porque a bola foi
passada para trás e quando a bola vai de frente para trás nunca pode ser fora
de jogo” (e isto já sou eu a corrigir eventuais erros o ortográficos) só me
resta jogar as mãos à cabeça, em quasi-desespero, a pensar… como é possível esta
gente passar horas e horas diárias em discussões vazias pela blogosfera futebolística,
e nem saberem a porra da lei do fora de jogo?
Chega-se à segunda feira e já há dezenas de gif’s e jpg’s
com os lances que tanto se falou no sábado à noite (por entre o álcool e outras
substancias ainda mais legais – “qui légau, cara”) e mais alguns lances que ninguém
sequer tinha vislumbrado nessa noite: já há imagens de pés em fora de jogo; já
se discute pés em riste imediatamente anteriores a um eventual penalty que
também teria ficado por assinalar mas que afinal já deixou de ser por causa
desse pé em riste; já há foras de jogo mal tirados; já há amarelos que deviam
ser vermelhos porque… sim; já há amarelos que não se mostraram e que fariam
jogadores serem expulsos mais cedo do que realmente foram… bem, é uma lista
muito longa.
No meio disto tudo, da malta que já não sabe apreciar um
jogo de futebol (e por vezes faço parte desse grupo) e limita-se a contar erros
para um lado e não para o outro, fica uma coisa para a história e que
provavelmente não saberemos apreciar como as gerações futuras, as que ainda
estão para vir, o farão:
- que grande jogo que foi destas duas grandes equipa, digno
de figurar nos capítulos d’O DERBY de Portugal.
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