27 de novembro de 2012

A desconstrução tecnicó-tactica de uma substituição

Para os menos atentos ou conhecedores do fenómeno do futebol, por vezes há detalhes que lhes escapam, tirando conclusões completamente erradas de uma ou outra situação que possa ocorrer, seja em relação ao treinador, a um jogador ou mesmo uma decisão arbitral.

Por exemplo, é perfeitamente natural que a maioria das pessoas não tenha compreendido a substituição que Vercauteren fez em cima dos 90 minutos num jogo em que estava empatado, tirando Carrillo e metendo Labyad em campo.

Os adeptos comuns - pouco conhecedores do engenho, complexidade e genialidade a que obriga a profissão de treinador - diriam, entre outras coisas, que o belga estava a tentar segurar o resultado nos últimos minutos. Outros há que afirmariam que se tratava de uma tentativa de aproveitar a enorme diferença de estatura entre o peruano (1,81m) e o argelino (1,73m ?) para começar a fazer chuveirinho e ter mais uma torre na área para ganhar a bola de cabeça, na busca do golo da vitória.

O Assopramo Apito, em mais uma acção de formação activa dos seus leitores, vai desvendar o que passou pela cabeça de Vercauteren, o que o levou a fazer essa substituição e quais os seus reais objectivos, num acto de genialidade que terá escapado aos adeptos menos atentos.

Minuto 89, Vercauteren encostado na parte lateral do banco de suplentes, vira-se para Oceano e diz "que' se quis passe? deux deux c'est pas bon?".
Ao que Oceano responde "mistérr, notre dérrniê mátx à Suisse nuzávom fé solmám dô substituissom. tut le mond à nótad et il ne som pá contám. ôjurduí lá méme chóze. fé une ótre substituissom pur lá claque étre contám!".

E foi assim. Vercauteren deu ouvidos às palavras sábias do seu adjunto e nem foi preciso Rui Patricio subir no terreno nos últimos instantes porque no fim conseguiram acabar com as 3 substituições feitas.

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