O lado B das claques

Não sou grande apreciador das claques. Não no "formato" em que se podem encontrar em Portugal. Como co-fundador de uma claque, nos meus idos tempos de aluno universitário (não confundir com "estudante universitário" que isso é uma cena muito à frente para mim), tenho uma ideia muito própria daquilo que deveria ser uma claque: garrafão de vinho, um bombo e 4 ou 5 gatos pingados a fazerem barulho, chamar nomes ao arbitro e mandar a farpa intelectualoide aos jogadores adversários (por vezes também aos nossos) de tal forma que fica toda a gente na bancada  (até os da tua própria claque) a olhar para ti, sem entenderam o alcance de tal frase tão arduamente trabalhada à força motriz de 8 ou 9 copos (de plástico) de tinto rasca.

Mas os tempos de entrar para um recinto desportivo com um garrafão de vinho, infelizmente, já passaram. Essa mítica claque nunca mais de reuniu (pelo menos que eu saiba - se calhar reúnem-se e não me avisam de propósito).

Vem esta conversa a respeito do quê? Há 3 semanas circulou por aí um video no "e o tubo" a mostrar o que a claque do Borrussia Doutromundo fez para a entrada em campo, no jogo da Champinhons contra o Malagueta.
Desta vez chegou-me aos olhos um filme do estadio do Dinamo de Dresden, aquando do... jogo que jogaram... quando filmaram isto (sei lá que jogo foi! procurem, olha!!).

Quero dar especial destaque à parte que ronda por ali os 5:40 do filme. Está mesmo muito fixe. Também é evidente que para se fazer isto em Portugal era preciso os preços dos bilhetes serem mais acessiveis e as pessoas irem realmente aos estádios para fazerem a festa, além de verem os jogos da sua equipa.
Este, este sim é o lado A das claques.


Nós, por cá, temos de nos contentar com o lado B das claques, em que a maior duvida prende-se com rebentar petardos no meio de uma bancada cheia de gente ou rebentar os petardos aos ouvidos de algum jogador dentro do campo.... sim, porque a multa ao clube que supostamente amas, essa está garantida.