26 de dezembro de 2012

Silí sizón de Inverno

Correm boatos (mais depressa que o Bruno Cesar, evidentemente) de que o Rolando estaria prestes a ir para o clube dos verdinhos por troca com joelho e meio do Izmailov.

As duvidas sobre este negocio prendem-se com o facto de Izmailov ainda ter ou não joelho e meio em condições.

As certezas são de que os verdinhos assim podem ficar descansados com uma eventual venda do Rui Patricio, pois assim ganham um substituto para essa posição.

21 de dezembro de 2012

Interpretar "Os Maias" dá nisto

Apareceu praí malta a dizer que os Maias previram o fim do mundo para hoje.
Eu sei que li o livro no secundário (era obrigatório na altura e os tais resumos em mini livro de capa amarela estavam esgotados - lá tive de ler aquilo tudo)... ou terá sido ainda na preparatória? Nem tenho a certeza.
Mas tenho quase a certeza que a unica coisa que conheceu o fim do mundo foram os dedos do puto a quem lhe rebentou uma bomba de carnaval nas mãos.

Fim do mundo propriamente dito, não me recordo de nada.

Mas, da mesma maneira que a minha interpretação do livro me valeu uma nota final algo decepcionante (interpretação essa que se debruçava muito mais na hipotetica aparência e contornos físicos da empregada de casa que "tratava" da iniciação dos miudos novinhos nas actividades carnais) acredito que muitas mais interpretações pudessem ser feitas desse grande livro - sim, raio do livro é mesmo grande, tem muitas folhas e muitas letras... desenhos, nem vê-los
.
Portanto, parece-me bem possivel que se previsse o fim de alguma coisa. O fim do mundo é que acho que não, soa-me a excessivo.

Talvez o fim do Sporting de Alvalade, que parece bem mais verosímil, nos dias que correm... e isso, do ponto de vista dos sportinguistas (não dos lagartos, que continuariam com o Benfica para odiar), seria o fim de UM mundo, o deles.

O fim do mundo fantasioso dos sportinguistas? Talvez. Mas falhou na data.... vamos a ver por quantos dias.

11 de dezembro de 2012

Opinião tecnico-estactica (ao estilo caracolinhos mas em bom, na medida do possível.. ou seja, tão mau como o caracolinhos)



O jogo começou com a toada que se esperava: com o Sporting a esperar no seu meio campo e o Benfica a tentar pressionar logo à saída da grande área verdinha.
Tudo parecia normal, tendo em conta as realidades dos dois clubes, actualmente. Mas, passados 10 minutos as coisas começaram a inverter-se.
O bolachas-belgas mostrou que não é parvo nenhum. Tendo em conta o estado actual do clube de alvalade, montou uma equipa muito ao estilo daquela que deu algum sucesso nas primeiras semanas da estadia do Sá Pintas, tentando aproveitar ao máximo as características do plantel que tem.
Os adeptos mais acérrimos de futebol podem não gostar muito e dizer que limitaram-se a jogar como uma equipa “pequena”, mas são as melhores armas que têm, neste momento.  E a lição parecia bem estudada, com o tendão de Aquiles encarnado bem identificado e a ser explorado ao máximo: bolas invariavelmente para as costas de Maxi, a explorar a velocidade de Capel, com Wolfswinkle a cair mais em cima de Jardel para que o central não tivesse tanta facilidade em fazer a dobra ao lateral uruguaio.
Uma bela encenação do espanhol quase dava o primeiro amarelo ao Maxi, coisa que uma segunda encenação poucos minutos depois conseguiu com mais sucesso.
Por estas alturas o Sporting consegue fazer entrar 2 ou 3 lances de contra-ataque e o Benfica retraiu-se, recuou e os verdes começaram a mandar no jogo. E o golo não surpreendeu muito, pelos 15 minutos de supremacia que os verdes evidenciaram.
Curiosamente, depois do golo, os verdes eclipsaram-se. O Benfica voltou a subir no terreno (apenas mérito próprio? Erro estratégico adversário? Vai-se lá saber) e antes do intervalo ainda mostrou que não ia desistir facilmente, com 2 remates à entrada da área e um cabeceamento ligeiramente ao lado, que deveriam ter despertado os verdes mas não o fez.

Por altura do intervalo já eu chamava todo o tipo de nomes aos sérvios e jurava para nunca mais ver um jogo do Benfica num streaming falado em sérvio, por muito boa que fosse a qualidade da transmissão.

Na segunda parte só deu praticamente Benfica. O Sporting limitava-se a chutar a bola para a frente, na esperança que esta caísse perto de Wolswinkle ou Capel, e o Benfica começou a pegar no jogo e a asfixiar o jogo sportinguista.
Ainda assim, Elias aparece uma vez na cara de Artur, mas o guarda-redes esteve impecável. Garay responde e a bola bate no poste e sai para fora. Enquanto o Benfica ia empurrando o adversário para dentro da sua área e o meio campo verde desmoronava, Insua passa uma vez o meio campo e remata de longe, fazendo a bola bater no poste. Parecia obra do acaso, mas o certo é que das poucas vezes que passavam a linha do meio campo conseguiam assustar.

Depois disto tudo o jogo quase que se resume a uma palavra: Cardozo.
Não marca o primeiro por causa da acção de Rojo, que apesar de aparecer um pouco atrasado, tenta fazer o que lhe compete: atrapalhar o avançado que está isolado perto da pequena área. Mas ao argentino saiu a fava, porque o paraguaio até tem caparro e o encontrão que levou foi insuficiente para o atirar para longe da bola. Ao invés, acabaram os dois embrulhados e a bola a ressaltar para dentro da baliza.
Empate conseguido e o descalabro sportinguista parecia evidente. Principalmente porque o Benfica continuava em níveis muito elevados, os extremos verdes tinham dado o berro (aqui o bolachas belgas falhou, ao não os trocar mais cedo, quando era evidente para toda a gente o que se passava) e o Sporting não conseguia manter a bola mais que 10 segundos.
A 10 minutos do fim, o golpe fatal: arrancada de Salvio que entra na área, puxa para dentro e de pé esquerdo remata para golo. Bolo-de-arroz faz de guarda-redes e o penalty e consequente expulsão não deixa dúvidas a ninguém (nem aos adeptos do clube-de-dirigentes-assumidamente-corruptos).
Cardozo faz o 1-2 e a partir deste momento era de esperar que a coisa não ficasse por aqui. Admito que nos primeiros instantes ainda me passou pela cabeça a ideia de que “queres lá ver que estes gajos, mesmo com 10, ainda nos vão lixar isto tudo?”. Mas durou pouco tempo.
Gaitan tinha entrado com uma vontade que não se lhe via há alguns meses. Mas também é verdade que nesta altura já não ia ter trabalho na vertente defensiva – aquilo que mais raiva me dá nele.
Livre lateral. Gaitan para Salvio, cruzamento e Cardozo a cabecear para fora… digo, para a nuca de alguém e esta a entrar no canto da baliza. Uma sorte descomunal, mas que conta para todos os efeitos.
Pouco mais há a salientar.

Poucos e mínimos erros de arbitragem, num jogo sem grandes casos complicados. A entrada do Eric Dier sobre o Ola John, apesar de tocar na bola, é uma falta grosseira que justificava um amarelo a dar para o alaranjado, e nem falta foi assinalada. Mas foi talvez o erro mais visível, e sem grandes consequências a nível de jogo jogado.
Fossem sempre assim.

Notas mais soltas:

- André Gomes fez mais um jogo muito interessante. Já digo isto desde o primeiro jogo que o vi fazer nos juniores: este tem futuro e não engana, se apostarem nele como deve de ser.
- Artur voltou a mostrar que é GR de equipa grande. Pouco trabalho, mas quando é chamado ao serviço em jogadas muito complicadas, ele está lá.
- da defesa do Benfica, o melhor foi Melgarejo. Os centrais só acertaram as agulhas a partir do golo do Sporting, a partir daí estiveram muito bem. Maxi continua a ter alguns problemas e os adversários já repararam.
- Matic um mour de trabalho, André Gomes em muito bom nível, Ola John e Salvio a aparecerem na segunda parte em grande.
- Lima merecia um golo pelo que trabalhou. Cardozo é Cardozo. Como dizem uns iluminados, “o gajo não vale nada, só sabe marcar golos, é vender enquanto se pode”… pois, pois. A prova de que adeptos “inteligentes” há em todo o lado.
- do Sporting só consigo destacar pela positiva dois jogadores, que bem o merecem. Rinaudo e Insua. Principalmente o primeiro, que encheu o meio campo enquanto lhe foi possível. Curiosamente, dois dos 4 jogadores que tinham jogado na sexta feira e que em nada se notou cansaço.
- pela negativa, como é que há jogadores que têm tantos dias de “descanso” e dão o berro tão cedo? Talvez não seja má ideia meterem alguém de olho no Carrillo, para ver se não anda a fazer treino invisível. Capel é normal dar o berro por volta dos 60, 70 minutos, portanto nada de anormal aí. Pranjic não me convence a medio centro e acho que Izmailov quando em condições físicas deixa o seu companheiro a milhas de distância. Elias é um caso demasiado estranho. Há quem diga que ele era bom…

6 de dezembro de 2012

Pseudo-revelations

Não haja duvida que o Benfica mexe com muita gente.

Tenho a convicção (e não é de agora) que Miguel Prates é sportinguista. Não um lagarto empedernido e ressentido com o cruel destino de ser adepto do clube dos verdinhos, mas um sportinguista serio que, no meio do mundo jornaleiro-desportivo, consegue manter tal facto fora dos focos de luz e dos microfones.
Pode não ser o melhor comentador de futebol (um bocado enfadonho, a maioria das vezes), mas nunca será o pior deles e mostra um profissionalismo praticamente inabalável.
Pode-se dizer que, dos comentadores que temos, até consegue ser dos melhorzinhos.

Mas o Benfica ainda é aquela mquina que mexe com muita gente e nem o pobre Miguel Prates escapa.

Num jogo que está 0-0 e no espaço de 2 minutos, Miguel Prates consegue dizer por três vezes que o Benfica esteve à beira de empatar a partida...

4 de dezembro de 2012

Não sei se desculpo

O Anão Messias terá dito em entrevista que os adeptos do Celtic mereciam passar da fase de grupos.

Por mim tudo bem. Eles - os adeptos - estão por mim oficialmente convidados a ir apoiar o Benfica na próxima fase da Champinhons (que eu ainda acardito que podemos passar).

O que é a modos que imperdoável é o Anão Messias dizer uma coisa destas depois de ter vindo jogar à Luz.
Como é possível ele considerar os escoceses melhores adeptos?
Será possível que ele não reparou nos petardos???


Só depois de ter escrito o texto original é que reparei num detalhe muito importante: o Pulga deve ter passado o tempo todo a pensar "e o Deus Aimar, quando entra? e o Deus Aimar, ainda não entrou??!!?? ena, que espectáculo, estou a partilhar o campo com o Deus Aimar!!!". Por isso não reparou nos petardos que fariam com que ele achasse os adeptos benfiquistas os melhores para passarem à fase seguinte.

3 de dezembro de 2012

Não façam perguntas de matematica.

Como não tive internet ontem, hoje deparei-me com esta estorieta magnifica de mais um feito extra-ordinário por parte do Crisnaldo.

Dizem eles que ele realizou um feito magnifico, fora do alcance do comum mortal. Terá feito 10 segundos para percorrer 85 metros.
Para facilitar os cálculos, vamos imaginar que os atletas que correm as competições dos 100m não perdem tempo ao arrancar dos blocos naquela posição, contrariamente à posição em que o madeirense arrancou. Vamos imaginar também que ele fazia mais 15 metros à velocidade média com que percorreu os outros 85m de que falam.

Usando cálculos complicadíssimos, vulgarmente conhecidos como "a regra de 3 simples" - esse bicho feio da matemática - chega-se à conclusão de que Crisnaldo acabaria os 100m num tempo a rondar os 11 segundos e 76 centésimos.

Continuo sem perceber onde é que está o feito extra-ordinário, tendo em conta que uma muito boa parte dos jogadores (principalmente os que jogam encostados às faixas laterais) deverão ser capazes de fazer tempos similares (e alguns melhores, até).



(resta dizer que este texto não tem como objectivo apontar o que quer que seja ao Crisnaldo neste capitulo em particular. o que acho uma parvoíce é o destaque dado pela comunicação social-corderosó-desportiva a este "feito estratosferico")

(a palavra "extra-ordinário" foi escrita desta forma propositadamente, e todo o texto encontra-se escrito segundo um Acordo Ortográfico estritamente meu)


Adenda - nos confrontos posteriores ao Sporting do Minho - clube-dos-dirigentes-assumidamente-corruptos, foi detido um adepto por posse de engenhos pirotecnicos. Esperemos que ele não seja libertado a tempo do próxio jogo do Benfica, em casa.