(este merece um testamento longo que, eu espero, tenham a pachorra
de ler na integra, pelo menos os 2 primeiros parágrafos…)
“Um empate com sabor a empate”, disse o mágico ser divinal
que joga actualmente com a camisola 10 do meu magnífico clube.
E disse-o muito bem. Da mesma forma que um vintém é um
vintém e sabe a metal velho… com um ligeiro travo a chocolate, se tiver sido
extraído recentemente de um recipiente cheio de Ucal.
Compreendo a euforia que extravasa a nação benfiquista,
nesta altura: fomos ganhar ao Manchésta. E não foi a um Manchésta qualquer. Foi
ao Manchésta, o Naite! Tão só campeão inglês e vice-campeão europeu em títalo.
Mas agora é altura de pôr um pouco de agua na fervura (principalmente
na fervura da azia que arde no estombro dos anti-benfiquistas). É que este era
o Manchésta, o Naite C. Uma vez que os que vieram a Lisboa há umas semanas eram
o B (como muito bem lembraram os antis, na altura) e tendo em conta que ontem
jogaram ainda menos dos que foram à final da Champinhons Lig do ano passado… se
esses eram os B’s, estes só podem ser o C’s.
Garantimos a classificação, o que é muito bom.
Mas a minha atenção já está virada para o campeonato que, aí
sim, temos de ganhar. A Champinhons é um sonho demasiado alto para se sonhar, e
terá de ser sempre com a sensação de “ok, vamos ver como isto corre e tentar
chegar o mais longe possível”. Mas o campeonato tem de ser para ganhar.
Não devemos ter Luisão, mas eu acardito que o Miguel Vitor é
gajo para segurar as pontas sem que se sinta muito a falta do Girafa. O
Entradàvirilha já me falou do americano nos cantos, e quem o vai marcar… isso
não me preocupa, porque os gajos não vão ter nenhum canto a favor, e mesmo
livres só até 5 metros depois do meio campo, portantos isso é uma questão que
nem se coloca.
Analise à séria da enquipa dontém:
Artur mostrou o que é jogar com guarda-redes (outra vez?). Fez
uma defesa soberba na primeira parte no um-contra-um com Young (?) e, quando na
segunda parte socou aquela bola em vôo por entre ingleses, junto à zona do
penalty e a meia altura, juro que por momentos vi-lhe a capa de Super-homem a
esvoaçar e a cueca vermelha (Benfica) por cima das calças justas.
Centrais muito bem, com a ressalva do Luisão, minutos antes
de se lesionar e no maior assédio inglês às nossas redes, ter adormecido frente
ao Andy Garc… Berbatov. Na primeira parte estiveram excelentes, e apenas foram
batidos pelo fiscal de linha (eu sei, era complicado ver, mas eu tinha de
descarregar este peso e mandar a farpa!).
Já se esperava que os laterias tivessem bastante trabalho.
Se a defender estiveram razoáveis, a atacar pouco se viram. Maxi subiu um pouco
mais, mas não foi tão consequente como por vezes é. Emerson subiu praí uma vez
e meia, e o que é certo é que foi ele a pressionar o defesa, no lance do nosso
segundo golo! (corrijam-me se estiver enganado)
O Javi racista fez um jogo muito bom de trabalho defensivo,
como se lhe pede, sempre atento a ajudas e coberturas, fazendo as dobras necessárias,
seja às laterais, seja a ajudar os centrais. Quando o Witsel subia para
pressionar o início da construção de jogo inglês, o meio campo era só para o espanhol,
mas mesmo assim safou-se bem. Excelente jogo a nível tactico.
Witsel voltou a fazer uma exibição como as que nos fizeram
pensar (e com razão) que o gajo é um monstro do meio campo.
Aimar é Aimar (chega, não é preciso mais palavras para
caracterizá-lo).
Gaitan fez o lance do primeiro golo, tentou uma arrancada
logo de inicio e foi ceifado e apareceu em mais 3 ou 4 jogadas ofensivas. Na
primeira parte ajudou bem Maxi a defender mas eclipsou-se e saiu, como se esperava. Do lado
oposto, Bruno Cesar lutou mas deu a sensação de andar um bocado perdido. Na
segunda parte pouco ou nada ajudou a defender (a principal razão de se exporem
as dificuldades de Emerson, que de si já não é grande jogador… se lhe aparecem
2 contra 1, é normal que seja ainda mais complicado). Teve o mérito de estar no
lugar certo, no lance do segundo golo e fazer o cruzamento (SIM, CRUZAMENTO!!! Aquilo
era um cruzamento para o Rodrigo, cambada de gente que não sabe ver futebol!)
que acabou nos tomates do Ferdinand e que o genial Aimar encostou para a
baliza.
Dos titulares falta o Rodrigo… epá, é complicado arranjar
palavras para descrever o que este puto está a fazer, nos últimos jogos. Que
jogo. No campo de um Manchésta, sempre com o Ferdinand a respirar-lhe na nuca
(não no contexto sexual, seus depravados), o gajo ainda ganhou algumas bolas,
mas o mais impressionante é a forma como fez dessas jogadas algo que não morre
ali. A forma como conseguia, ao primeiro toque, deixá-la jogável para um dos médios…
se o gajo tem feito aquele golo aos 80 e muitos minutos, eu era gajo para abrir
uma petição para lhe fazerem uma estátua no lugar da do Marquês.
Matic entrou muito bem. Ganhámos o meio campo e estancou o
pressing que o Manchésta estava a fazer. É um jogador que me agrada. Não é
trinco, mas contra equipas de valia menor consegue fazer essa posição. E tem pezinhos
para a bola, coisa que não é muito fácil para um gajo com a estrutura física dele.
Miguel Vitor tem tido o azar de entrar e sofrermos golos…
ontem foi outra vez. E a culpa nem será dele. Não é nenhum fora de série, mas
também não é um Carriço. É um bom central, abnegado e lutador. Gosto da raça,
do forma como se entrega ao jogo a defender aquela camisola e aquele símbolo
que é o dele (duvido muito que assim não seja).
Ruben Amorim entrou bem, digamos assim. Foi o que menos se
viu, mas esteve certo na ajuda ao Maxi e por ali o Machésta deixou de atacar
como fez no inicio da segunda parte.
Gostei muito da actuação do Luis Martins. Não comprometeu,
não falhou nenhum passe … em suma e para a idade dele, esteve excelente. O
espanhol que faz a mesma posição, o Raiodavelha, também teve uma performance idêntica
mas com a sua experiencia exige-se um bocado mais: não o vi fazer um único cruzamento,
triangulações atacantes também não fez nenhuma e não ganhou um único lance em
velocidade (coisa que duvido que volte a acontecer na sua carreira).
Como disse, bom resultado num campo onde sempre tínhamos perdido.
Duas vitórias e um empate nos jogos fora da Champinhons, marcando golos em
todos os jogos. Em relação ao ano passado… é fazer as contas.
Mas o que me interessa mesmo é o campeonato, e sábado há
jogo contra uns gajos chatos (sim, chatos… eu não disse bons, disse chatos!).
nota do gajo parvo que escreveu isto: se algum dia tiver a alegria enorme de ir ver um jogo do Benfica no Estádio, num futuro próximo, sou gajo para levar uma cartaz a dizer "AIMAR, SÓ NÃO TE PEÇO PARA ME FAZERES UM NETO PORQUE NÃO TENHO FILHAS!"
ps - escrevi os nomes deles a negrito... espero que ninguém diga ao Alan para vir a publico chamar-me de racista...
Etiquetas: Benfica, Champions League