Devido a um texto no
Gordo, Vai à Baliza, veio-me à memória aquele que é o meu clube preferido em Inglaterra.
Se, a nível do primeiro escalão, a minha preferência actualmente vai claramente para Liverpool, tenho também uma ligeira preferência pelo Arsenal e uma simpatia pelo Tottenham.
No entanto há um clube que, se voltasse ao convívio dos grandes, levar-me-ia a puxar por eles incondicionalmente, deixando de parte reds, gunners ou spurs (e não, não se trata do Leeds Utd.).
A meio dos anos 80 apareceu o Fulham, em todo o seu “esplendor”. Isto porque a miudagem estava toda louca agarrada ao Spectrum, a jogar um jogo chamado The Double Football, no qual (devido à copia que estava na nossa cassete) éramos obrigados a começar nesse preciso clube, numa 4ª divisão inglesa. Nomes míticos desse Fulham ficaram marcados na memória da malta: Coney, Achampong, Hicks, Vaughan, Donnelly, etc.
Outros jogos passaram mas não tiveram o mesmo impacto (alguns de treinadores outros mesmo arcade – Treble Champions, Match Day, El Buitre, League Champions, Tracksuite Manager, Multiplayer Soccer Manager, só para enumerar alguns dos tempos do Spectrum).
Aqui tenho de deixar uma nota especial para o Striker.
No Striker éramos um ponta de lança que “só” tinha de concluir as jogadas de ataque e que depois ia subindo na carreira, escalando as divisões inglesas, podendo mesmo ir para as principais ligas europeias (além da inglesa, onde tínhamos de começar na Conference) e jogar pela selecção do país que se tivesse escolhido. Este sim, teve um impacto imenso, tal como o The Double.
Striker
O inicio dos anos 90 trouxe o Commodore Amiga e os PC’s, e com eles uma nova panóplia de jogos de computador ligados ao futebol. Nos jogos de arcade há os míticos Sensible Soccer, a sua sequela (Sensible World of Soccer) e o Kick Off 2 entre muitos outros.
Mas no campo dos jogos de treinador há um que tenho de destacar em relação a todos os outros e que me fez escolher um clube inglês para toda a vida. O jogo era o The Manager.
E a razão da escolha era simples: foi o primeiro em que tive de alterar as linhas de programação para meter um jogador com o meu nome. Isto no tempo do Windows 3.1, usando um programa chamado PCTools (da mesma editora de um tal PCGlobe) – actualmente já é nome de outra empresa, com o seu próprio software – conseguia-se entrar nas linhas de código, muitas vezes por entre código hexadecimal, que na altura ainda era quase chinês para mim. Depois era procurar através de milhares de linhas de código, até encontrar as tags correctas, que pudessem corresponder aos nomes dos jogadores.
A primeira vez que o fiz ainda não tinha percebido bem como funcionava aquele código, e quando encontrei os nomes dos jogadores nem fiz por menos, escolhi um ao calhas e lá meti o meu nome, sem saber onde iria aparecer.
E foi assim que fiquei fã de um clube para o resto da vida: esse colosso futebolístico de nome Swindon Town FC.
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