25 de fevereiro de 2009

Artigo de opinião (isenta? lúcida? talvez nenhuma das duas)

Visto este espaço estar a passar por um período em que alguns dos seus editores se encontram em intervalo sabático forçado (voltem quando quiserem e se sentirem - as portas estão abertas ;)), venho então (tentar) vestir a pele de adepto isento, e escrever um artigo sobre os clubes que estão ainda nas provas europeias (depois do brilharete que o meu clube andou a proporcionar aos outros).

Depois de na semana passada o Braga ter dado um autêntico baile aos belgas e tendo praticamente decidido a eliminatória a seu favor, ontem foi a vez do fóculporto dar um passo muito interessante no sentido de passar à próxima eliminatória, alcançando um empate fora com golos. Uma exibição personalizada, a aproveitar o calcanhar de Aquiles dos espanhóis: uma defesa desastrosa que obriga a equipa a defender muito recuada e propensa ao domínio adversário. E, como se sabe, quanto mais atrás se defende maior é a probabilidade da outra equipa aproveitar. O empate acaba por parecer escasso, tendo em conta o futebol produzido pelas duas equipas, e o Helton encarregou-se de equilibrar os pratos da balança com um autêntico peru “de carnaval” (quando o meu jantar era… frango frito).

Esta noite entra em acção o zbordém, e há uma ideia não me sai da cabeça: os lagartos têm uma oportunidade quase única de eliminar os alemães. Isto porque os bávaros estão numa das piores fases que me lembro de lhes ver (nem nos tempos do domínio do Borussia de Dortmund esta equipa parecia tão ao alcance). Isto apesar do temível ataque que possuem, o que é certo é que o meio campo parece desproteger muito a defesa e Rensing está a léguas de fazer esquecer Kahn. Bastará então ao zbordém dar continuidade à excelente 2ª parte deste sábado, e arrisca-se a sair esta noite da casa-de-banho com um resultado francamente positivo para a 2ª mão da eliminatória, em condições de ombrear com os bávaros pela passagem histórica à próxima eliminatória.

Assim seja.

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23 de fevereiro de 2009

Clássicómico

Antes de mais, tenho a advertir que vi o jogo em condições muito más, em termos de visionalização. E a vontade de ver resumos, depois, foi a roçar praticamente o zero absoluto. Vi por alto, uma ou outra jogada, mas sem grande atenção. Como tal, vou apenas falar do que consegui ver.

Primeira parte interessante, com o Sporting a mandar de inicio e a encolher-se estranhamente pouco depois de marcar, através de um excelente pontapé do etíope.
Boa reacção do Benfica a aproveitar o recuo adversário, e a igualar num lance que não deixa duvidas a ninguém (ou pelo menos não deveria deixar).
Fica um penalty por assinalar, de mão do Maxi (à velocidade que acontece, admito que não fosse assim tão fácil de ver, mas era penalty). Há alguns lances mais duros (Rochemback, Yebda e Derlei) e não sei até que ponto não teriam sido merecedores de cartolinas benfiq… encarnadas. No lance que lesiona Postiga não me venham com ideias de expulsão, é uma falta normal que tem o azar de lesionar o adversário, nada mais que isso.

Na segunda parte, um pesadelo, um file de terror... o drama, o horror, a tragédia.
Começa logo com o golo do Derlei. David Luiz perdido, como em toda a partida (aliás, mais um jogo para esquecer, como o da Grécia).
A partir daqui o Benfica não conseguiu reagir de forma alguma. O Sporting controlava completamente o meio campo e os lançamentos longos do Benfica morriam poucos metros depois do meio campo. O terceiro golo do Sporting nasce naturalmente, numa boa jogada de Pereirinha a passar por Sidnei (aqui dou muito mais mérito ao sportinguista que demérito ao defesa) e o etíope a marcar mais um golo de cabeça ao Benfica.
É de estranhar este etíope, que para o ser não deveria ter força para chutar a bola à distância do 1º golo nem para saltar, no 2º golo.

O último golo do jogo é mais uma obra do acaso que outra coisa, mas fica como prova que Cardozo deve ter mais minutos do que tem tido. Continuo a achar que é o melhor ponta de lança que o Benfica teve em muitos anos e vai ser, provavelmente, dos mais desaproveitados, pelo andar da carruagem (e nem preciso lembrar que marcou uma vintena de golos na época anterior, ou tenho?).

Tendo dito isto, não fica dúvidas da justiça do vencedor.
Cumpriu-se o ditado: em derby grande, equipa que chegar em pior estado acaba por ganhar.

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10 de fevereiro de 2009

Caem como moscas...
chamam-se todos Lisandro...?

2 de fevereiro de 2009

Benfica vai a jogo sob protesto

Acho mal. Acho que deviam faltar. Aliás, acho que nenhum clube devia comparecer nestas meias finais, nem num jogo nem noutro.
A fase anterior já acabou há um bom par de luas, a discussão à volta do que está escrito nas regras vem desde essa altura e a Comissão espera até à véspera do jogo das meias finais para tomar uma decisão? Não tiveram tempo antes? Tem de ser na véspera?

Já agora, em vez de decidirem esta terça-feira, porque não enviar uma missiva aos dois clubes envolvidos na questão, dizendo-lhes para se apresentarem no Estádio da Luz e depois eles logo lhes dizem qual das duas joga?
Ou então, enviam a mesma missiva, e chegando à hora do jogo dizem quais os jogadores que entram em campo...

Isto não tem nada a ver com clubismos, tem a ver com uma falta de competência e respeito gritantes. Para o ano, era os clubes “grandes” mandarem esta competição bardamerda e queria ver como é que a Liga fazia para encher os bolsos com os patrocínios, as bilheteiras e as transmissões dos jogos chamados de “segunda linha”.

Como se já não bastasse o formato “caricato” (para ser um bocado brando) da prova este ano, ainda há mais esta palhaçada… haja paciência.